Liderança e Autonomia: Lições do Paraquedismo para Gerenciamento de Equipes
Gerenciar uma equipe é uma tarefa que demanda habilidades específicas e uma abordagem que respeite a autonomia e a colaboração. Trabalhar com pessoas, gerenciar conflitos e promover um ambiente de trabalho saudável são desafios constantes para qualquer líder.
Gerenciar uma equipe é uma tarefa que demanda habilidades específicas e uma abordagem que respeite a autonomia e a colaboração. Trabalhar com pessoas, gerenciar conflitos e promover um ambiente de trabalho saudável são desafios constantes para qualquer líder. No entanto, um aspecto muitas vezes negligenciado é como atividades fora do ambiente de trabalho, como o paraquedismo, podem oferecer valiosas lições de liderança e gestão. Neste artigo, exploramos como essas experiências podem transformar seu estilo de gestão e melhorar a dinâmica da sua equipe.
Relacionamento com a Equipe
Trabalhar com pessoas é um aspecto que pode afetar significativamente a saúde mental de um gestor. Ter um bom relacionamento com a equipe é fundamental para criar um ambiente de trabalho positivo e produtivo. Desde o feedback recebido de colegas, é claro que manter uma relação saudável e de apoio é essencial. Não se trata apenas de liderar, mas de estar junto com a equipe, enfrentando desafios e celebrando vitórias.
Delegação e Autonomia
Uma das principais características de um bom líder é a capacidade de delegar. Centralizar o poder e a responsabilidade em uma única pessoa pode ser desgastante e ineficiente. A delegação de tarefas não apenas alivia a carga do líder, mas também empodera os membros da equipe. Quando a equipe percebe que o líder confia neles para tomar decisões, eles se sentem mais motivados e engajados.
Ao gerenciar projetos com mais de 50 pessoas, a clareza nas responsabilidades e a autonomia são cruciais. Cada membro da equipe deve saber exatamente qual é sua função e ter a liberdade para executá-la da melhor maneira possível. Isso não significa ausência de supervisão, mas sim um equilíbrio onde a orientação é oferecida quando necessária, sem microgerenciamento.
Tomada de Decisões por Consenso
A tomada de decisões por consenso é um método que, embora desafiador, pode ser extremamente eficaz. Diferente da democracia, onde a maioria vence, o consenso exige que todos os membros da equipe concordem com a decisão. Isso pode parecer demorado, mas o resultado é uma decisão mais robusta, com maior aceitação e comprometimento por parte de todos.
As lideranças tradicionais muitas vezes são verticalizadas, onde as decisões vêm de cima para baixo. No entanto, ao horizontalizar a estrutura e dar voz a todos os membros da equipe, cria-se um ambiente onde todos se sentem valorizados e parte integrante do processo. Essa abordagem, apesar de difícil, desenvolve uma equipe mais coesa e resiliente.
Aprendizados do Paraquedismo para Gestão
No paraquedismo, um dos princípios fundamentais é a necessidade de deixar o aluno girar. Isso significa permitir que ele cometa erros e aprenda com eles. Como instrutor, a tentação de intervir pode ser grande, mas é crucial deixar o aluno experimentar e corrigir suas próprias falhas. Essa abordagem pode ser aplicada diretamente ao gerenciamento de equipes.
Quando um membro da equipe comete um erro, a primeira reação pode ser intervir imediatamente. No entanto, dar espaço para que ele perceba e corrija seu próprio erro é uma lição valiosa. Assim como no paraquedismo, onde o instrutor só intervém se o aluno está em perigo real, no ambiente de trabalho o líder deve monitorar e orientar, mas permitir que a autonomia prevaleça.
Processos de Debriefing e Feedback
Após cada salto, no paraquedismo, é comum realizar um debriefing detalhado. Isso envolve revisar os objetivos do salto, o desempenho e identificar áreas de melhoria. Esse processo pode ser traduzido para o ambiente corporativo como sessões de feedback estruturado. Ao finalizar um projeto ou tarefa, é essencial reunir a equipe para discutir o que funcionou bem e o que pode ser melhorado.
Essas sessões devem ser conduzidas de maneira construtiva, focando em comportamentos e resultados, e não em críticas pessoais. O objetivo é criar um ambiente de aprendizado contínuo, onde os erros são vistos como oportunidades de crescimento.
Revisão de Objetivos e Correções
Estabelecer objetivos claros e revisar constantemente o progresso é uma prática fundamental tanto no paraquedismo quanto na gestão de equipes. No paraquedismo, cada salto tem objetivos específicos que são revisados antes e depois do salto. Da mesma forma, no ambiente de trabalho, definir metas claras e realizar check-ins regulares ajuda a manter a equipe alinhada e focada.
Se os objetivos não são atingidos, é importante entender por quê. Isso envolve uma análise detalhada das ações tomadas e dos resultados obtidos. Com base nisso, ajustes podem ser feitos para garantir que os próximos passos estejam mais alinhados com os objetivos estabelecidos.
Avanço e Desenvolvimento de Habilidades
O desenvolvimento contínuo das habilidades da equipe é crucial para o sucesso de qualquer organização. Assim como um paraquedista deve constantemente aprimorar suas habilidades para garantir saltos seguros e eficazes, os membros da equipe devem ser incentivados a buscar desenvolvimento profissional contínuo.
Isso pode ser feito através de treinamentos, workshops, e oportunidades de aprendizagem no trabalho. Ao investir no crescimento dos membros da equipe, o líder não apenas melhora o desempenho individual, mas também fortalece a equipe como um todo.
Conclusão
Gerenciar uma equipe eficazmente é um desafio que requer uma combinação de habilidades técnicas e interpessoais. As lições aprendidas no paraquedismo, como delegação, autonomia, tomada de decisões por consenso, e processos de feedback estruturado, oferecem uma perspectiva única que pode ser aplicada ao ambiente corporativo.
Ao implementar essas práticas, os líderes podem criar equipes mais coesas, motivadas e resilientes. A chave está em equilibrar orientação e autonomia, permitindo que os membros da equipe cresçam e se desenvolvam em um ambiente de apoio e confiança.
E você, está pronto para deixar sua equipe girar?
Assista ao corte
Capítulos
00:00 - Introdução e Relacionamento com a Equipe
01:02 - Delegação e Autonomia
02:08 - Tomada de Decisões por Consenso
03:00 - Aprendizados do Paraquedismo para Gestão
05:00 - Processos de Debriefing e Feedback
07:00 - Revisão de Objetivos e Correções
08:00 - Avanço e Desenvolvimento de Habilidades
Transcrição
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É de trabalhar com pessoas afeto seu mental? Cara, eu, assim, modéstia parte, eu acho que
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assim, até de feedback que eu tive das pessoas que trabalharam comigo, sempre tive um ótimo
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relacionamento com a galera e sempre me doei demais para poupar o time das tretas. Então,
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o time reconhece isso. O time reconhece quando quem tá à frente tá à frente, mas não tá acima.
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Você percebe a diferença? Você tá com a galera. E quando você tá à frente, você tá à frente
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para acelerar o processo, mas também para tomar as porradas e liberar o time para o time continuar
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trabalhando de boa. E os times com que eu trabalhei sempre reconheceram isso. Tanto é que, pô,
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tive pessoas que trabalhei um tempo atrás, depois voltaram para trabalhar, agora recentemente teve
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evento, aí teve gente que, quando a gente teve que cortar a maior galera da original Mai, teve gente
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que voltou agora para trabalhar em evento, tal, com a gente. Então, o meu relacionamento com a
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galera meu e da Mirna sempre foi muito bom. Eu não tenho problema. Já gerenciei times de mais de 50
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pessoas, né? Projetos com mais de 50 pessoas envolvidas, tal, e sempre deu muito certo. Eu tenho
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mais questões de socializar com eventos, com pessoas me chamando assim o tempo todo, chamando
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atenção, tal. Quando é time, a gente tem os horários para as coisas acontecerem, a gente deixa
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claro qual a responsabilidade de trabalho de cada um e a autonomia de cada um, né? Justamente para
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não precisar ficar em cima da minha cabeça. Eu não sou centralizador, muito pelo contrário. Eu tento
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delegar o máximo e ensinar as pessoas e deixar claro para elas empoderar as pessoas com essa
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autonomia, que é muito importante nos times. Você quando está desenvolvendo um produto, poder
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empoderar o seu time para o time tomar decisões, né? Tanto é que meu voto, muitas vezes, nas
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decisões de coisas da empresa, eram em conjunto. Eu fui voto vencido várias vezes, mas por conta
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de uma coisa que a gente desenvolveu muito nos times, eu gosto de desenvolver com os times que
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eu trabalho, que é tomada de decisões por consenso. Não é democracia, é consenso. É muito difícil
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você conseguir fazer o time se acostumar a trabalhar por consenso, né? Porque as lideranças
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que são verticalizadas, então chega o cara que está numa posição de poder, adora cagar na cabeça
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de todo mundo, fala vai fazer e tal, e o pessoal está acostumado, é, vou fazer e tal, porque me mandou
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fazer. E só faz o que foi mandado. Quando a gente horizontaliza e dá esse tipo de autonomia para
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as pessoas, além das pessoas se desenvolverem melhor, elas vão sentir parte da coisa de verdade,
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porque ela é parte da tomada de decisão. Não é só para falar que faz parte... Não, ela é parte da
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decisão. E ela sente que ela é mais parte da decisão quando ela toma a decisão e a minha decisão
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não é aprovada, saca? E tudo bem, não tem retaliação, não tem nada. Por quê? Porque você tem que deixar.
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Isso eu aprendi no paraquedismo. A gente, como instrutor de paraquedismo, uma das coisas que a gente
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tem que fazer com o aluno que está saltando junto, a gente tem que deixar o aluno girar.
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O que significa deixar o aluno girar? Só voltando um pouquinho, né? Quando você vai para o terceiro
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salto do aluno no paraquedismo, é o primeiro salto em que você solta o aluno no AFF, no curso do
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AFF. Então, você saltou com o cara, terceiro salto dele, é o primeiro salto que os instrutores têm que
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soltar o aluno no ar. O aluno vai ter a sensação de voar sem ninguém segurando ele. E o que acontece,
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normalmente acontece, nesses saltos você tem um instrutor que ele é meio que o líder do salto,
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que é o responsável pelo salto e o outro que é meio que assistente. Sempre acontece isso,
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porque o aluno tem o cara que vai tomar as rédeas daquele aluno e vai cuidar do aluno.
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Então, quando você solta o aluno a primeira vez, todo aluno tem tendência de começar a girar,
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tá? Ele começa a girar. É normal, o cara, pô, a primeira vez que ele está voando, o cara não sabe se
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apoiar no ar e ficar estável no ar. Ele, pô, ele está lá um pouquinho torto assim, ele começa a
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deslizar para cá, deslizar para cá, começa a girar para um lado, para o outro e tal. Muitos
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instrutores que têm medo de deixar o aluno sozinho, fazer a cagada, o cara vai lá e agarra o aluno
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de novo e não pode. Você tem que deixar o aluno girar. O cara está girando, ele tem que perceber,
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ter a sensação de que ele está girando, porque se você é instrutor, você está parado. Você não
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vira instrutor se você não souber ficar parado. Ele começou a girar, está girando, de repente,
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você estava nas costas do cara, o cara agora está de frente para você. Ele vai ter que ter a
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sensação de que ele está girando. Se ele perdeu o controle, o papel do instrutor aí sim, é de
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segurar o aluno, porque senão o cara se mata. A gente está falando de queda livre. O cara não vai
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comandar, vai começar a girar, vai perder o controle. Então começou a girar e tal. Pô, deixa girar,
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deixa girar. Você está numa posição em que você tem certa autonomia e controle sobre as coisas,
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então deixa girar. Nada e nenhuma empresa vai chegar ao ponto de simplesmente explodir, acabar a
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decisão por conta de decisões erradas de um funcionário, de um colaborador, porque todo dia
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a gente toma decisões ruins e depois a gente corrige as decisões ruins. Não existe essa de,
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ah, eu tomei uma decisão e explodiu tudo. Não, você conserta, tudo se conserta. Então deixa girar.
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E eu sempre fui assim com os times. Então eu dou autonomia, deixa aí sozinho, deixa sozinho. Você
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vê que é uma cagada fodida que vai explodir alguma coisa, aí você chama para conversar e fala,
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cara, ó, aconteceu e tal, foi por conta disso que é o papel do que a gente chama de debriefing.
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No paraquedismo, depois que você salta o cara girou, tal, beleza. Aí a gente pousa, deixa o
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cara tomar uma água, deixa o cara tomar uma água, né. Então delete sem wear. É doído? É doído? Se
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não tiver backup? Se tiver backup vai lá e recupera. É doído, dói pra caramba. Mas depois do
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primeiro delete sem wear o cara vai ficar esperto e ainda mais que ele vai ter que ficar passar a noite
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pra ver, né. Então a gente saltou com o cara, o aluno girou, tal, beleza, pousou. Aí o aluno
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normalmente vem, meu Deus, olha o que aconteceu. Não, toma lá uma água, daqui a pouco a gente
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conversa. Deixa baixar a adrenalina da treta, baixou a adrenalina da treta, da pancadaria. Vai lá,
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senta e fala, bom, beleza. Como que foi o salto? Foi legal? Legal, legal, legal. Todo salto é legal,
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foi legal, boa. Você lembra quais os objetivos do salto? O que a gente tinha combinado de fazer?
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Quais objetivos, quais resultados que o salto tinha que ter? Tô contando pra vocês uma coisa
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aqui que é, meu, é mega avançado porque isso que é só no curso de instrutor de paraquedismo, tá.
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Como, como, o que que era pra gente fazer? Quais objetivos? Ah, então, a gente já saí do avião,
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vocês iam me segurar, vocês iam me soltar. Aí o cara vai lá e conta na cabeça dele. Falou, e aí,
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como que foi agora, com, é, esses eram os objetivos. Como que foi o salto? Aí ele vai revisar na cabeça.
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Beleza, revisei, legal. Fez o que era pra fazer? Às vezes ele acerta, às vezes erra. Vamos dar uma
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olhada no vídeo. Aí você vai olhar o vídeo, aí vai olhar o vídeo. Então, o que que era pra gente
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fazer mesmo, né? Aí vai olhar o vídeo e fala, puta, mano, aí os cara põe a mão na cabeça, fala,
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não acredito. Que os cara desce, não lembra, não lembra que girou, não. Pra ele tá tudo certo,
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às vezes, muitas vezes, né? Às vezes tá tudo certo. Aí você vai falar com ele, vai falar, então,
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o que aconteceu por causa desse posicionamento? Você lembra aqui do comando de esticar a perna?
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Você lembra do comando aqui de braço? Você lembra do comando de relaxar? Você lembra do
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comando disso, disso, pra girar, né? Você olhou no altímetro, né? Você lembra aqui, ó, dando
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comando pra você comandar o paraquedas e você não viu e eu tive que comandar seu paraquedas, tal.
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Então, aí você faz esse debriefing todo e você termina o debriefing determinando quais serão os
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objetivos do próximo salto. Então, olha, baseado, então, a primeira coisa, o cara vai revisar da
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0:07:44.080 --> 0:07:47.960
cabeça dele. Ele vai ter que identificar se ele fez errado ou não. Depois você vai ter o vídeo
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pra contar pra realidade. Uma coisa é o que a pessoa idealizou, outra coisa é a realidade do
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que aconteceu. Aí você vai conversar, vai mostrar o que aconteceu de errado, se vai refazer ou vai
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avançar pro próximo nível. Se vai refazer, vai revisar os objetivos. Só que os objetivos eram esses,
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0:08:04.040 --> 0:08:09.080
os objetivos não foram cumpridos. Vamos ter que refazer esse salto. Tudo pautado, não tem achômetro,
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0:08:09.080 --> 0:08:13.600
né? E beleza, vamos refazer o salto. Então, vai treinar de novo, vai fazer de novo pra refazer o
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salto. Então, cumpriu todos os objetivos, parabéns. Assinatura na caderneta, vamos pro próximo nível e
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aí vai ver os objetivos do próximo nível, tá? É assim, cara, é assim que funciona. Então,
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você fez quantos saltos? 1.100 saltos, 1.100 saltos.